QUANTO O PENSAR É COMPULSIVIDADE - (RLessa/Abr/2014)

E SE ?

E se seguíssemos por estradas tortuosas até não mais cabermos em suas curvas?

E se comentássemos palavras insanas até que as mesmas fizessem sentido?

E se deglutíssemos os medos até que o mesmo se transformassem em coragem?

E se levantássemos bandeiras até que fronteiras nãos mais fizessem sentidos?

E se acabássemos em prantos até que o gosto deixasse de lembrar o sal?

E se terminássemos em morte até não mais sabermos da sorte?

E se completássemos o ciclo até não mais entendermos os signos?

SE A PALAVRA TEM O DOM DA MÍSTICA, TAMBÉM TEM A MALDIÇÃO DO ESCLARECIMENTO.

PARA QUÊ?

Para quê perguntas, se te escondes da verdade? Tua verdade é única à esconder?

Para quê pretensão, se te revelas ausente? Tua ousadia é única à desvelar?

Para quê vergonha, se te serves de abrigo? Tua cegueira é única arma que resta?

Para quê arrogância, se te isolas da santidade? Tua existência é única forma de ser?

Para quê simplicidade, se te recolhes na solidão? Teu desejo é única meta à seguir?

Para quê subserviência, se te oprimes o desejo? Tua vontade é única seta à temer?

Para quê redenção, se te agrides o instinto? Tua alma é única à existir?

Para quê ausência, se te calas ao temor? Tua fala é única palavra à servir?

QUE PALAVRA OUSO DIZER SE NÃO A QUE ME AUSENTAS DO NADA SER?

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 11/01/2015
Código do texto: T5097862
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