Charlie Hebdo
Só haverá paz no mundo quando a crítica radical de qualquer religião for tão aceite quanto a crítica radical da anti-religião e o diálogo inter-religioso se estender a ateus e agnósticos, sentando crentes e descrentes à mesma mesa do respeito e da compreensão mútuos. O terrorismo, a violência e a desconsideração – por palavras, imagens e actos físicos - são os mesmos, seja em nome da religião, seja em nome da irreligião. Uns não são mais aceitáveis do que os outros. De outro modo, a nova mentalidade inquisitorial, na sua versão religiosa ou laica, converte o mundo num barril de pólvora.