JE NE SUIS PAS CHARLIE HEBDO!

Na quarta-feira, dia 7, por volta de 11h30 (8h30, no horário de Brasília), dois homens vestidos de preto, encapuzados e armados com fuzis automáticos abriram fogo na redação de Charlie Hebdo, jornal de sátira francês, em plena reunião de pauta, aos gritos de "Allah akbar" (Alá é grande).

O atentado que matou 12 pessoas e deixou 11 feridos na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, foi o pior ato terrorista registrado na França em meio-século.

Eu não queria me manifestar, mas depois de ler algumas postagens como "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie", em francês), gostaria de expor uma pequena análise: Nada justifica a morte, o atentado, a ousadia, ou o vexame perpetrado pelo derrame de sangue, é óbvio, mas porra (desculpa), alguém ali não sabia que a liberdade de expressão termina quando você esbarra no direito do outro?

Muitas vezes há colisão entre os direitos fundamentais que são assegurados aos indivíduos. Principalmente em relação à liberdade de expressão. Deve-se valer do bom senso e se encontrar um equilíbrio para a coexistência desses direitos. Desculpa, mas nenhuma das charges que vi dos jornais tinha algum respeito. São desta imagem abaixo, para pior. Bem pior. Intelectual de verdade não se expressa desta forma.

O jornal não se prestou a informar ou fazer QUALQUER crítica construtiva, mas sim a satirizar e ridicularizar a maior religião do mundo, cujos radicais valem-se de sangue para defendê-la. Um provocador obcecado contra o Islã, um jornal decadente que perdia leitores a cada ano. Quem mexe com fogo sabe que pode se queimar.

O jornal se excedeu em crimes e não na liberdade de expressão. No fundo sou moralista. Mas é o meu pensar, salvo melhor juízo.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 09/01/2015
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