Do casulo a borboleta

Há tempos não sentia o toque da caneta em minhas mãos. Esperava por uma liberdade que... não vinha. Até hoje.

Até perceber que a liberdade não está em conquistar, mas em deixar partir. Por comodidade ou até mesmo medo, acumulamos fantasmas aterrados nas gavetas mais profundas das lembranças.

Velhos fardos. É de fato relutante o instinto de deixá-los lá, mas há um peso. Uma bigorna pronta para cair em nossas próprias cabeças.

A magia das lembranças é que elas não mudam, ao contrário das pessoas. Puras metamorfoses em andamento.

É preciso deixar partir. Abrir as [ja ne las] e trocar os ares.

Há tempos não sentia o toque da caneta em minhas mãos. E há tempos não sentia tamanho alívio...

Há um mundo inteiro à sua frente.

Vá.

Voe.

Marília Stroka
Enviado por Marília Stroka em 08/01/2015
Código do texto: T5095020
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