Do casulo a borboleta
Há tempos não sentia o toque da caneta em minhas mãos. Esperava por uma liberdade que... não vinha. Até hoje.
Até perceber que a liberdade não está em conquistar, mas em deixar partir. Por comodidade ou até mesmo medo, acumulamos fantasmas aterrados nas gavetas mais profundas das lembranças.
Velhos fardos. É de fato relutante o instinto de deixá-los lá, mas há um peso. Uma bigorna pronta para cair em nossas próprias cabeças.
A magia das lembranças é que elas não mudam, ao contrário das pessoas. Puras metamorfoses em andamento.
É preciso deixar partir. Abrir as [ja ne las] e trocar os ares.
Há tempos não sentia o toque da caneta em minhas mãos. E há tempos não sentia tamanho alívio...
Há um mundo inteiro à sua frente.
Vá.
Voe.