Brincando de Pensar

Inicialmente pensei em escrever um texto triste. Coitadinha de mim. Novamente sofrendo por amor. Então, citaria aquele verbo que os escritores do recanto amam: sucumbir. Pois é! Dessa vez quase fui sucumbida.
E a minha vida que era azul e rosa ficou escura. Sem cor, sem luz, sem som da chuva no Iphone. Nada mais fazia sentido. Porque o amor tem dessas coisas. Ele deixa as pessoas meio sem noção.
Mas, entre mortos e feridos o importante é saber recomeçar. Por as roupinhas sujas na mochila e voltar pra casa. Rever as metas refazendo as prioridades. Aprendi o perigo de projetar no outro o que queremos que ele/ela seja. Ninguém nasce para suprir nossos sonhos ou o vazio existencial da nossa vida. Cada um cumpre um papel complementando-se na vida a dois.
As pessoas decepcionam, traem e erram com a gente. Pessoas são um campo minado prestes a explodir.
Lorenza, hoje eu entendo o que é amar alguém que não existe. Alguém que foi inventado e de tão perfeito muito amado. De repente ele/ela deixa de existir. Fica na imaginação. No sonho que sonhamos durante noites seguidas. Acordamos. Acabou.
É na dor que descobrimos a força que há em chegar ao limite. Naquele instante onde não há mais nada a perder. Onde nos sentimos extremamente vazios. Pensamos não ser possível sofrer mais ou afundar mais. E quando todo esforço humano cessa uma voz surge do alto:
_ Vem Ana, eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.
Ana Liszt
Enviado por Ana Liszt em 07/01/2015
Reeditado em 16/01/2015
Código do texto: T5093439
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