Monologo de loucuras
Minha lembrança mais sabiás são as que não ficaram estas me coloca onde não gosto muito de estar, no escuro do meu eu, onde nem eu mesmo me atrevo a permanecer, nem ao menos as pronunciar, mas mesmo no dia não havendo o sol nascer consigo ver o brilho entre as entrelinhas do apogeu, moradias de vadios logrados pelo hoje, que contorce os olhares dos falecidos vivos.
Em meio esta barbárie de estados de espírito encontra-se minha mente, sem reflexos, ou conotações do ontem, somente tentando condizer com o futuro num espelho paradoxal e fugaz.
Nem belas palavras, nem moedas ou cartazes, do que vale o estado pleno se não se vêem as corajosas andorinhas sobre a mente tenebrosa de um insano pensador? Decorrem os versos, estilizam os parágrafos, mais de nada vale não tem essência não sem fotografias sem passado.
Num jardim de tulipas onde os ventos são acaso nasce sempre um amor em algum texto de poeta, mais me pergunto, porque tal amor não pode nascer no meio da guerra do Iraque, amor este entre um Norte-Americano e uma Palestina, porque sempre tem que ter cenário, sempre uma musica de fundo, porque não uma trilha sonora de mísseis e berros dos oprimidos, já minha mente se perde neste labirinto improvável onde o medo controla a coragem e os fortes são os que contem o poder, e não as palavras, vidas que se perdem em meio ao furacão humano, que traga como fogo. Mas sabes amigo diário o que faço não importa, são somente palavras, ou talvez loucuras, loucuras ofuscadas pelas risadas sarcásticas do TIO SAM, enquanto Saddam se retorcia e os menininhos o tal “sonho Americano” puxava suas pernas para baixo, para que logo o grande pequeno Saddam parti-se desta para uma pior.
E assim segue o globo do flagelo entre injustiças e mentes insanas conturbadas por esse sistema expansível de mediocridade, onde então querido diário posso escrever minha grande obra nos jardins do Éden ou sheol terrestre?