Sou comum
Sou comum, tão comum, que chego a sentir vergonha do que os meus filhos podem perceber de mim, ou melhor, do que os meus filhos podem não perceber de mim, um inútil para a sociedade, um transparente para o viver, um comum, não um comum qualquer no gozo de sua humanidade, mas um comum, talvez um incomum, para o comum que deveria ser, talvez um alienado, omisso, e sem responsabilidades para com os verdadeiros comuns, talvez um falso comum escondido debaixo da máscara de um comum, apenas mais um, nada incomum, que se perde na desumanidade coletiva de muitos, que se omite de ser realmente um comum, um simples humano, um amante da humanidade, um compromissado pelo coletivo que se perde nas aguas de minha insensibilidade que parece, ou que se faz parecer, comum com todos, mas sendo comum, muitas e muitas vezes, apenas comigo mesmo.
Sou comum não no sentido humano ou social, sou comum exatamente por me perder na hipocrisia de me achando humano não me expor abertamente contra a desumanidade sutil, mas poderosa da omissão, contra a incapacidade de ser empático com o sofrimento e o abandono de tantos, e assim nem sofrer com eles e nem transformar (a mim inicialmente e a sociedade por doação e comprometimento) por elas. Meus filhos mereciam um pai em plena realização de sua humanidade, um ousado transformador, um vanguardeiro da dignidade humana, um desbravador de mentes pelo bem social, alguém que deixasse exemplos de coragem e ousadia na luta direta por uma equidade, uma inclusão social e pelo fim dos preconceitos, discriminações e da opressão que segrega, explora, abusa e destrói nossa humanidade...
Sou comum, sou mais um, transparente, e talvez cada vez mais insensível pela exclusão de tantos. Sou comum, sou mais um, que tende apenas a aumentar a inércia de nossa sociedade para se manter como é, e eu como sou.
Sou comum, tão comum, que chego a sentir vergonha do que os meus filhos podem perceber de mim, ou melhor, do que os meus filhos podem não perceber de mim, um inútil para a sociedade, um transparente para o viver, um comum, não um comum qualquer no gozo de sua humanidade, mas um comum, talvez um incomum, para o comum que deveria ser, talvez um alienado, omisso, e sem responsabilidades para com os verdadeiros comuns, talvez um falso comum escondido debaixo da máscara de um comum, apenas mais um, nada incomum, que se perde na desumanidade coletiva de muitos, que se omite de ser realmente um comum, um simples humano, um amante da humanidade, um compromissado pelo coletivo que se perde nas aguas de minha insensibilidade que parece, ou que se faz parecer, comum com todos, mas sendo comum, muitas e muitas vezes, apenas comigo mesmo.
Sou comum não no sentido humano ou social, sou comum exatamente por me perder na hipocrisia de me achando humano não me expor abertamente contra a desumanidade sutil, mas poderosa da omissão, contra a incapacidade de ser empático com o sofrimento e o abandono de tantos, e assim nem sofrer com eles e nem transformar (a mim inicialmente e a sociedade por doação e comprometimento) por elas. Meus filhos mereciam um pai em plena realização de sua humanidade, um ousado transformador, um vanguardeiro da dignidade humana, um desbravador de mentes pelo bem social, alguém que deixasse exemplos de coragem e ousadia na luta direta por uma equidade, uma inclusão social e pelo fim dos preconceitos, discriminações e da opressão que segrega, explora, abusa e destrói nossa humanidade...
Sou comum, sou mais um, transparente, e talvez cada vez mais insensível pela exclusão de tantos. Sou comum, sou mais um, que tende apenas a aumentar a inércia de nossa sociedade para se manter como é, e eu como sou.