UM CALENDÁRIO, UM ROLO COMPRESSOR
Cronos é implacável com as meras criaturas humanas.
Devora sem compaixão aqueles que não conseguem se reinventar na trajetória ininterrupta do dia-a-dia e como um rolo compressor os atropela.
A convenção que mede e põe barreiras no decorrer dos dias chamada calendário vale para os que querem impor limites nos abruptos acontecimentos. Mas os episódios invulgares não esperam por ninguém e sequer se atém ao remediável. O corriqueiro ainda consegue ser modesto, permitindo que o homem se reinvente, na melhor das hipóteses.
O período de 365 dias e algumas horas que chamamos ano 2014 está se axaurindo. Com ele vão algumas desilusões, ficam algumas esperanças. Entretanto, a roldana não para de escorregar pela polia incessante comandada por Cronos. E a esse mecanismo devemos estar atentos para não sermos massacrados.
Que o novo período seja repleto de paz e revivescentes inspirações para todos que me leram e vierem ler. Para os que li e lerei nos próximos tempos.