ENIGMÁTICA



Eu voltava para o lugar que sabes enquanto havia ainda, em mim, alguma esperança de efetiva aceitação, de efetiva compreensão, de efetivo respeito. Restou-me alguma?  Não mais a vejo nem a sinto.

Dizer que o afeto morreu em mim? Não o ouso, não mesmo. Seja como for, voltar para correr os mesmos riscos? Ah, não mais, se ainda resta-me algum amor por mim, algum, qualquer amor, mínimo que seja... mínimo que seja...
Preciso sobreviver, para poder ainda viver o que consiga reconstruir de vida... de algo a que ainda possa chamar de "minha" vida.