LOUCO POETA...

Nos olhos escondi minhas lágrimas,

Por tantas coisas que não fiz,

Nos mesmos esbocei falso brilho,

Por tantas coisas que não quis.

O alimento de uma alma cativa,

Nessa dúbia palavra,

Por oferecer o que não poderia,

Por ficar preso a coisas vis.

Nesses termos me chamas de morto, louco.

Enquanto me vejo outro,

Não morto... Mas um pouco infeliz.

Felicidade não é dúbia,

Variável apenas na intensidade.

Pois louco sempre é triste,

Sua consciência é tris,

Louco também sonha,

E quando chora, ninguém olha,

E se olhasse veria o corpo,

Veria os olhos e ou gestos,

Mas nunca saberia lhe traduzir.

Por isso não se lembre de minha calma,

Não queira invadir minha alma,

Deixe que do jeito dela... Seja louca e feliz.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 18/12/2014
Código do texto: T5073726
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