Tosco palco
Não te atenhas ao efêmero palco das vaidades pessoais onde o bom senso adormece, a paz arrefece e a dor se instala.
Não te iludas com o rumor dos aplausos, as flores de plástico, as foscas cortinas.
Não tome para si o poder que efetivamente não existe, as luzes que se apagam, o odor das rosas mortas, as fracas chamas das velas do individualismo.
Não queiras galgar o torpe topo, tampouco aproximar-se das estrelas semeando no azul anil rastros de espinhos.
Recolha o egoísmo, sepulte o individualismo, abra o coração para o coletivo onde o bem maior alcança a paz.
Reflita sobre a perenidade da vida e a inutilidade dos ensurdecedores aplausos, até porque no cerrar das cortinas aqueles que caminham nas estradas do “ eu me basto” invariavelmente provam na rotina a ácida
solidão adornada pelas desbotadas ( e ilusórias) fantasias de papel crepom.
. Ana Stoppa
Não te atenhas ao efêmero palco das vaidades pessoais onde o bom senso adormece, a paz arrefece e a dor se instala.
Não te iludas com o rumor dos aplausos, as flores de plástico, as foscas cortinas.
Não tome para si o poder que efetivamente não existe, as luzes que se apagam, o odor das rosas mortas, as fracas chamas das velas do individualismo.
Não queiras galgar o torpe topo, tampouco aproximar-se das estrelas semeando no azul anil rastros de espinhos.
Recolha o egoísmo, sepulte o individualismo, abra o coração para o coletivo onde o bem maior alcança a paz.
Reflita sobre a perenidade da vida e a inutilidade dos ensurdecedores aplausos, até porque no cerrar das cortinas aqueles que caminham nas estradas do “ eu me basto” invariavelmente provam na rotina a ácida
solidão adornada pelas desbotadas ( e ilusórias) fantasias de papel crepom.
. Ana Stoppa