Finais de ciclo
É estranho olhar para trás e ver quantas pessoas ficaram pelo caminho e quantas coisas poderiam ter sido diferentes no decorrer de um ano.
Pensar nas palavras que deveriam ter sido ditas, mas que não foram, analisar as oportunidades que você não abraçou da melhor maneira e se lamentar, por talvez, não ter realizado nem metade daquilo que você sabe que é capaz de fazer.
Sonhos adiados, amizades desfeitas, amores destruídos, beijos nunca dados.
E de repente vai chegando dezembro e as nossas emoções vão ficando cada vez mais intensificadas. Eis então que surge a sensação de flashback misturada com uma nostalgia gostosa de tudo que aconteceu durante o ano que está partindo.
Nem sempre o levantamento que fazemos do nosso desempenho anual nos deixa um saldo positivo. Às vezes resta no nosso coração aquela coisinha inexplicável que não consegue nos satisfazer por completo.
Mas o bom da vida é isso, entende? Viver é ter a chance de fazer diferente a cada novo minuto, nova hora, novo dia, nova semana, novo mês, novo ano. Incansavelmente, até que cheguemos aos resultados almejados.
Os fracassos, desafetos e frustrações são necessários para nos tornar mais fortes. A experiência, aos poucos, vai transformando a maturidade na nossa maior professora. Extrair lições positivas, mesmo das situações ruins, é essencial.
E ano a ano a gente vai tentando, a gente vai quebrando a cara e a gente vai aprendendo. Uma hora, quem sabe, tudo se resuma a apenas dar certo. Mas, enquanto isso não acontece, é importante termos sempre a certeza de que nem tudo está perdido e que a melhor transformação está acontecendo bem aí, dentro de você.