Sentimentos

Porque sempre temos que provar algo para alguém? Porque não estamos livres para amar quem a gente quiser? Porque temos que dar satisfação de tudo que vamos fazer? Gostaria de ser livre, mas livre de verdade, não essa “liberdade” que aprisiona e me faz refém, quero me libertar desta prisão invisível, que não tem muros e nem grades, onde os meus sentimentos só são aceitos se for o que acharem que é o melhor para mim.

Alias, vivemos em uma sociedade hipócrita e preconceituosa, que muitas vezes esquecem o que são e quem são de verdade, por medo ou aceitação não percebem ou não querem perceber que todos são diferentes e temos escolhas. Escolhas essas que podem ser felizes ou não, mas temos direito de tentar ser feliz a nossa maneira.

Não é só porque uma mãe ou um pai passou por uma experiência, que o filho tem que passar ou fazer as mesmas escolhas, são pessoas diferentes, são momentos diferentes, épocas diferentes. Sei que nossos pais querem o melhor para nós, os seus filhos, e nem querem que seus filhos sofram, mas esquecem que foram as “cabeçadas” que deram que foi o sofrimento que passaram que os fizeram assim como são, e que os erros que cometeram os ajudaram a não permanecer no mesmo erro e a crescerem se tornando adultos.

Agora eu me pergunto se não formos livres para cometer nossos próprios erros, para dar nossas próprias cabeçadas, como vamos aprender a enfrentar a vida? Como vamos aprender o que é “certo e errado”? Como vamos “crescer” e nos tornarmos adultos? Pais ouvem mais seus filhos, dêem a si mesmos uma chance, dialoguem mais, tentem entender um ao outro, lembrem-se que as duas partes estão propensas a acertos e a erros, são seres humanos, têm sentimentos e acima de tudo querem ser felizes.

Pais, seus filhos vão continuar sendo seus filhos, independentemente das escolhas e caminhos, que tomarem, ou dos erros que cometerem, então não deixe de apoiá-los e amá-los, eles irão precisar de vocês, alias, só vocês terão o colo que irá confortar só vocês terão o verdadeiro amor incondicional para dar, só vocês saberão o que falar, não menospreze, não abandone e não critiquem em uma hora de dificuldade, são nessas horas que mais precisamos de um colo paterno ou materno, é nessas horas que voltamos a ser crianças indefesas, que corre para o colo e o carinho dos pais.

Paula Tamiris
Enviado por Paula Tamiris em 12/12/2014
Reeditado em 16/01/2015
Código do texto: T5067280
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