O Sísifo da metrópole
Vivemos sim sobre as vistas dos absurdo,
Rolando a pedra morro acima, e ela cai.
Dia pós dia, tempo pós tempo
Rolamos a pedra, e ela cai.
O absurdo ronda as portas da liberdade.
Mas esta ainda entre grades.
Entre cadeados
Estamos fadados ao não sentido da vida
Que entres idas e vindas, se faz no regozijo da simplicidade dos gestos.
Mais um dia, ou menos um,
É apenas parte do trajeto.
As maravilhas da vida encontram-se na beleza da mesma.
No sorriso e na tristeza
No peso e na leveza
Na linha tênue para astucia
De seguir rolando a pedra com destreza.
Sempre haverá motivos maiores para lutar.
É a integridade das almas, o preservar.
Propagando-se entre lamas e pedras que sobem a ladeira.
Entre suor e lágrimas, vidas reais e contos de fadas.
Dia pós dia
Flertamos com o absurdo
Rolamos a pedra e ela cai.
Rolamos o corpo morto e ele vai
Rezamos, pelo sentido da vida
Pelos metros, metrôs e medidas.
Por um pedaço de vão que não cabemos.
Somos o Sísifo da metrópole
O abuso da falta de essência
O Inicio e o fim em Camus
E o absurdo da nossa existência.