O Sísifo da metrópole

Vivemos sim sobre as vistas dos absurdo,

Rolando a pedra morro acima, e ela cai.

Dia pós dia, tempo pós tempo

Rolamos a pedra, e ela cai.

O absurdo ronda as portas da liberdade.

Mas esta ainda entre grades.

Entre cadeados

Estamos fadados ao não sentido da vida

Que entres idas e vindas, se faz no regozijo da simplicidade dos gestos.

Mais um dia, ou menos um,

É apenas parte do trajeto.

As maravilhas da vida encontram-se na beleza da mesma.

No sorriso e na tristeza

No peso e na leveza

Na linha tênue para astucia

De seguir rolando a pedra com destreza.

Sempre haverá motivos maiores para lutar.

É a integridade das almas, o preservar.

Propagando-se entre lamas e pedras que sobem a ladeira.

Entre suor e lágrimas, vidas reais e contos de fadas.

Dia pós dia

Flertamos com o absurdo

Rolamos a pedra e ela cai.

Rolamos o corpo morto e ele vai

Rezamos, pelo sentido da vida

Pelos metros, metrôs e medidas.

Por um pedaço de vão que não cabemos.

Somos o Sísifo da metrópole

O abuso da falta de essência

O Inicio e o fim em Camus

E o absurdo da nossa existência.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 11/12/2014
Código do texto: T5065603
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.