E... SCHOPENHAUER QUE ME PERDOE ! - Roberta Lessa
Pois é... Hoje estou que nem noite de sexta: saídas, família, sorrisos, enfim um pouco de alegria no ar:
- final de semana, ou início dela?
Sempre me deparo com a dicotomia da vida, de um extremo ao outro permito o sobrevoo ocular e num golpe de sorte minha visão periférica capta as deléveis nuances das entrelinhas da vida; breve resumo daquilo tudo que a percepção supra humana nos presenteia, se atentos e aptos para pinçar tal momento de lucidez que faz morada na essência do universo.
Muito ainda falta-me para isso, mas caminho... e nessa caminhada percebo inversões do real sentido da vida: Eis uma das perversidades que o acaso presenteou-me desde a mais tenra idade: a ante visão, uma maldição talvez que é o tempero de minha fonte estrutural, de minha ética comportamental e que muitas vezes tortura-me pois sou humana e por isso passível de erros e acertos.
Mas que será isso que se atrela ao que sou, tornando inseparável parceiro de meu dia a dia, e que percebo não ser tão usual na sociedade que vivemos?
- O coletivo anda solto demais?
Resplandecer socialmente é desejo de muitos, mas quando torna-se mecanismo egóico, é necessário cessar-se, recolher-se, e transmutar tal comportamento, re investigar aquilo que nos torna perene diante do outro e deixar a humildade habitar nosso coração. Transcender essa questão é uma das dádivas que todos deveriam ser merecedores, pois através da transcendência se atinge parte da plenitude humana que tanto buscamos ( e muitas vezes nem percebemos a busca e a substitumos pelo consumo desenfreado), pois transmuta valores e resgata vínculos com aquilo que há de mais divino em nós...
Enquanto isso nos porões da humanidade, há sempre vestígios de uma fome de poder insaciável e que assola a sociedade e que faz frente na destruição de sonhos e ações que poderiam ser boas para o coletivo:´
- mas será que vale a pena?
- SERÁ QUE VALE A PENA ?
- OU CAUSA PENA?
Luto sempre pelo que vale a pena e não pelo que causa pena!
FICO DE LUTO PELO QUE CAUSA PENA... NADA ME RESTA.