Em Defesa de uma Cultura de Paz
Ao longo de dezenas de séculos, o ser humano evoluiu tendo como fio condutor a violência, a agressividade. Desde os tempos que habitava as cavernas, sempre utilizou da força bruta para realizar os objetivos do seu cotidiano como, por exemplo, capturar e matar uma presa que serviria como alimento, defender a sua família e a sua tribo da invasão de outro grupo na área que habitava, dentre outras atividades. Possivelmente, espelhando-se nos animais irracionais, os homens agiam com a força bruta orgulhosamente a fim de mostrarem a sua autoridade perante os outros. Faziam isso instintivamente, assim como um leão faz para demarcar o seu território.
Contudo, com o passar do tempo, essa necessidade perdeu a sua função primária de sobrevivência e recebeu a influência dos sentimentos negativos como a ambição, o orgulho, a inveja, a mentira e etc. Eclodiram-se centenas de guerras por causa do desejo de alguns que não se satisfaziam com o que tinham. Quantas e quantas pessoas morreram pela espada e pelo revolver. Quantas mães e esposas choraram por causa da violência cometida contra os seus entes queridos. O planeta Terra já foi banhado milhares de vezes com o sangue dos seres humanos, mortos em combate por motivos pífios e egoístas. Essencialmente, a violência é gerada pela impulsividade, pelo ato insensato de a cometer sem pensar nas tristes conseguências. Agredir o outro por motivos insignificantes, inferiores, ou pelo simples prazer de o fazer: eis algo corrente nos dias de hoje.
É preciso seguirmos uma cultura de paz. É necessário acabarmos com a violência de todos os gêneros e em todas as esferas, a fim de que possamos evoluir espiritualmente. O ser humano deve procurar o caminho da paz e do entendimento, pois a violência gera violência, tal como disse o Nosso Senhor Jesus Cristo. A postura mansa, pacata, pacifista é a postura ideal para esse novo milênio. Chegou a hora do ser humano procurar evoluir interiormente e dar uma menor atenção a evolução material, pois para essa última o barco do progresso já segue o seu curso natural. É preciso olharmos para dentro de nós mesmos e enxergarmos o nosso interior e de lá subtrairmos o sentimento negativo da violência. E, assim, considerarmos o nosso semelhante como um ser que precisa ser respeitado fisicamente e moralmente, e independente do que ele nos fez. Precisamos cortar definitivamente essa âncora que não nos deixa evoluir, progredir espiritualmente. Pois nenhuma violência se justifica e, portanto, ela precisa ser deixada no nosso passado histórico.