O TEMPO CERTO DAS COISAS



 
     Talvez haja a eternidade... Talvez.... Com certeza há os tempos certos: tempo de dar, tempo de receber, por exemplo. Às vezes, esse tempo pode ser simultaneamente recíproco; outras vezes, não. Seja como for, ambos os movimentos têm de existir, senão ocorre um desequilíbrio grande e aí não é nada simples voltar-se ao ponto de equilíbrio. Não é nada simples, nem um pouco simples. Falar-se em ação totalmente desinteressada, quando se fala de seres humanos, acho muito utópico. O importante, na minha opinião, é que não se tenha interesses escusos nem ilícitos que possam causar dano a segundos  e  a terceiros. E isso, jamais causar dano a segundos nem a terceiros, como quase tudo na vida, também nem sempre é simples. Prouvera o fosse, sempre. Nem sempre o dano que se cause tem a ver com deliberação, com ato de vontade. Dolorosamente... miseravelmente... nossa simples presença, em certos casos, pode ser causa de sofrimento para outrem, sem que culpa nos caiba... sem que culpa nos caiba... Por caprichos do destino... Por caprichos do acaso...