Reflexão II

É eu me acho uma pessoa um pouquinho acima da média.

Como outras tantas pessoas, que andam por aí de nariz empinado, convencidos de que, em função de estarem com o burro na sombra, já aposentados, são os reis da cocada preta.

Vestem-se de uma antiga roupagem de linho branca, como se fossem os senhores do engenho, cheios de mucamas para servi-los. (apenas um sentido figurado, é claro)

Bom, tal vez o que eu queira dizer, não seja exatamente isso, mas, também, não ficaria muito longe.

Na verdade, você é aquilo que planta, no que se refere à conduta, assumida durante a fase adulta, até chegar ao ponto mais maduro, onde por você não ser mais exigido, quando faz, é extraordinário.

Ao tempo que fico feliz, com essa posição, sinto um vazio de não poder ser, ainda, o aprendiz que tudo perguntava ao mestre, tentando sugar-lhe a sabedoria.

Nessa época sim, eu nem sabia que representava tanto, mas achando que sabia muito. Lembro-me que um ex patrão (Diretor da Empresa que trabalhei durante 18 anos), disse-me quando saí: Tu podias ter revertido o processo (que acabou mais tarde na falência), pois tinhas força para isso.

Na época, envaidecido, indaguei-lhe, como se sou apenas um funcionário (gerente comercial), ao que ele me respondeu: É que tu não sabes o quanto eles te respeitavam, em função do teu conhecimento.

Para finalizar, quero dizer que continuo sendo o mesmo aprendiz, que nem tanto sei, nem tão velho sou, mesmo que ainda possa aprender, até com aqueles que querem fazer o mesmo comigo.