Lembranças esquecidas

Enquanto tudo mais torna a algo que não podemos nem sonhar

Nos impomos a maestria de apenas prosseguir por erros e tentativas,

Nesse meio que interfere em nosso livre-arbítrio, constantemente

E nem sabemos ao certo quanto tempo nos resta pra sonhar,

Continuamos em linhas tão sinuosas e nos perdemos por vezes

Na certeza de que caminhos longos são necessários à evolução

Ponderamos a cada momento como uma façanha que nos impele

Mais e mais numa conduta que nos mantém mais vívidos agora,

Nesse presente denominado de parcelas de uma vida pela metade

Mas contudo nem mesmo sabemos ao certo por onde andamos,

E respiramos a vida de uma forma ou de outra sem pestanejar

Por tantos desencontros e caminhos que nos cercam no tempo

Solidificamos sonhos e nos permitimos sermos a intensidade de destinos

Na unidade de caminhos tão pessoais e tão mais determinantes,

Em mudanças que nos fazem ser o ápice de uma sensação,

Sempre inacabada enquanto nos movemos sempre adiante

Quando nem mais podemos nos sentir diante parábolas,

Incrustadas num apelo no silêncio de contornos maiores

Enquanto nos direcionamos pra qualquer lado, nos mantemos

Por seguir um instinto que delineia nossa história composta,

De tantas lembranças até que tudo seja o esquecimento...

Claudio Teruo Ninomiya
Enviado por Claudio Teruo Ninomiya em 29/11/2014
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