CAIXINHA DO DESABAFO
Hoje acordei e percebe que tinha virado a caixinha do desabafo.
É... Você deve se perguntar como assim?
Aonde você guarda todos os seus anseios e angustias suas decepções e ilusões.
Só que a caixinha também quer falar, quer gritar, mas parece não escutar. Ela te orienta, briga, e você parece não escutar, esquecendo que a caixinha também precisa desabafar.
Ela se cala e se coloca somente a escutar.
Para outras pessoas ela é a menina, aquela amiga distante, do qual você diz sentir pena.
Do qual brinca com os sentimentos dela
Pena sentimento pequeno e medíocre, indigno de se ter por qualquer pessoa.
Mas uma vez escuta o telefone tocar e a caixinha atende para mais um desabafo guardar.
E assim os dias se passam, as horas, os minutos, os segundos e a caixinha se abre e observa que não tem ninguém para lhe ouvir para desabafar os seus medos e angustias, e ela vê que você não é o seu amor, mas amor de outra ela vê que é uma opção diante de um amor que você insiste em esperar voltar com datas marcadas, mas que nunca chega.
A caixinha se coloca a pensar: o que sou? Uma opção? Uma amiga? Uma confidente? Um amor? Um anjo? Um brinquedo virtual? Uma aventura de telefone? Uma caixinha de desabafo?
Ela quer se afastar, mas não consegue, pois sente falta da voz mesmo que seja para um desabo, ela queria ser esse amor do qual você tanto espera, que tanto suplica, mas na verdade ela não passa de uma caixinha de desabafo sua segunda ou terceira opção ou quem sabe nenhuma. LU GALVÃO