Mas, e aí?

Mas, e aí?

... e aí, suspira o velho homem e senta-se e sente a brisa da quase noite. Pele cansada do tempo. Olha o por do sol relutante e teimoso: segura os cabelos dourados do dia e bebe da água turva e deita-se ao olho d'água que descansa e limpa o que se fizera lama. E passa o infante e suja. E passa a criança e suja. E passa o adolescente e suja. E passa o adulto e suja. E passa o ancião e espera. No final, calma e lentamente, tudo se faz limpo se limpo, por essência, assim o for.

C.J.Maciel.

Carlos Maciel CJMaciel
Enviado por Carlos Maciel CJMaciel em 18/11/2014
Reeditado em 21/05/2015
Código do texto: T5039480
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