A SENSUALIDADE DUPLA

Todos os animais são portadores da sensualidade, tanto o animal racional, o Ser Humano, quanto os animais irracionais, todos os demais. A sensualidade é o instrumento que aciona uma disposição impetuosa, de promover a reprodução e a preservação das espécies e, ao mesmo tempo, proporcionar um prazer, que é vigorosamente reclamado pela natureza das espécies, através de leis que estão impressas nas essências de todos os animais, sem exceção. Porém, há outro ângulo de observação, que indica uma DUPLA sensualidade, no tocante ao animal racional, que geralmente escapa do alcance da própria Razão, exigindo um profundo mergulho introspectivo, para a compreensão desse fenômeno, mesmo para os que "nasceram de novo", com os quais ocorre tal fenômeno, com a mais absoluta exclusividade. Os "renatos", e somente eles, sabem do que estamos falando (I Pedro 4:12), quando o "fogo" das explosões espirituais, desata nas orações em línguas, traduzidas em gemidos inexprimíveis de adoração, e inefáveis deleites espirituais, caracterizando o apogeu da sensualidade espiritual, que deixa para trás, a quilômetros de distância, o fugaz apogeu da sensualidade animal. Esse fenômeno não ocorre pela vontade do "renascido no espírito", mas é uma concessão que se confunde com o sofrimento de Cristo, no seu sacrifício pela Humanidade, cujo apogeu extasiante, se aloja na sua incompletude, exacerbado numa plenitude inacabada, expondo o sofrimento de Cristo, como numa grandiosa metáfora!