"ele e ela"
Ele é o descolado, é o amigo, é o 'brother' da galera, que está sempre dando atenção a todos. Ela é a analisadora, é a amiga, mas não é a tal da galera e só se aproxima se alguém se aproximar. Ele não tem paciência pra ficar em casa, ele gosta do mundo e o mundo gosta dele, ela tem paciência até de sobra para ficar em casa, lendo aquele velho livro ou assistindo um filme, ela gosta no mundo, mas acredita que o mundo não gosta dela e vêm então aquelas outras características, ele é confiante, ela é insegura, ele é das 'vibes' da vida, ela das 'vibes' dos livros, ele fuma, ela evita o contato, ele ingere bebida alcoólica, ela evita mais uma vez, ele é livre e ela o admira por isso, pois vive em uma prisão sem grade e por algum motivo eles se cruzam, por um aplicativo de rede social se unem, o broto, mais conhecido como malandro, revira a cabeça daquela cética e chata garota. E quando menos se espera, ela está pensando nele, seu papo suave, seu jeito de se aproximar e de ficar ao lado dela encanta –a , embora a deixe confusa e tira o sono da garota, seja para entender o comportamento ou o jeito louco do broto, ou por uma palavra dita por ele, ou até mesmo pela sua ausência. E ela cogita-se com si mesmo, ‘ tão jovem para me preocupar com tanta tolice, por que acreditar no amor de outra pessoa? Porque viver nessa fábula que nos seres humanos insistimos em viver? Ora, é simples... Porque viver sem amor, é impossível. Sim, infelizmente, é impossível ser feliz sozinho’ E quando nos encontramos no mar profundo chamado solidão, recorremos alguém que está por perto, difícil é querer chatear com nossos problemas a quem conceituamos como amigos, poxa, com certeza eles já possuem seus próprios problemas, é nessa hora que respiramos fundo, olhamos para o nosso mísero celular, iphone, ou sei lá o que como vocês chamam, e acha de discar aquele belo número que você sabe de co, ou então recorre a uma mensagem e lá estão os dois juntos mesmo com tantas coisas em comuns, mesmo com todo pensamento diferentes, o que seria do mundo se não fosse essa atração dos opostos, ou melhor, a disposição de atração dos dispostos. Mas há um problema diante disso tudo, o jeito largado dele faz com que ela queira desistir e não o encontrar mais, ela não consegue entendê-lo ou defini-lo, sua mania de entender o outro sem permissão, de adentrar no outro ser, dessa vez, ela foi freada, ele não dá espaço para isso e isso a deixa perdida diante a situação e quando se vê já está mais envolvida do que pretendia, já deixou rastros na vida dele e ele na dela, já construiu memórias em seu coração, fotografou o sorriso, sente falta do abraço e do beijo que a direciona para um outro mundo e acalma e quando se vê, ela está apaixonada e precisa sim se afastar, sem chance de voltar.