Faço o quê?

E ai, faço o quê com essa saudade que teima em surgir, assim, do nada? Faço o quê com essa bendita história que meus sonhos teimam em dar continuidade? Faço o quê com o gosto do seu beijo que inexplicavelmente ainda está intacto na minha boca? Me diz você: Vou fazer o que com essa cama cheia e ao mesmo tempo tão vazia, fria. Vou fazer o quê depois que busco em outro corpo o que infelizmente encontrei só no seu. O que faço com seu perfume que ainda está tão vivo, sua voz, suas manias tão insuportáveis e ao mesmo tempo tão cativantes? Se ainda restou alguma coisa, me diz, uma única vez. Me ensina, me explica: Você se foi e eu? eu faço o quê com tudo aquilo que sobrou do que fomos um dia?

Débora Brandão
Enviado por Débora Brandão em 12/11/2014
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