coração arado!
ela sonhou e depois dormiu só para ter certeza e tempo para guardar o sonho na memoria dos sentidos que a desperta....
abafou um grito desesperado na c'alma que só o amor abraça
incendiou os pensamentos nas chamas de um adeus que amordaça e fere a vida
nisso perdeu os sentidos...e...os olhos, hoje, se distanciam do horizonte
o mel dos olhos marcaram sua face feito lava... um rio que nunca morre...
coração arado!
não sabe o destino das sementes enquanto morrem
falava-me das suas fraquezas, da fragilidade dos seus sentidos que numa sensibilidade exagerada conduzia sua vida...
e numa urgência que lhe tomava as forças...ainda permitia acreditar no "verbo que é forte" e articular certezas na vida...
foi superando os incômodos como o desarranjo das flores expostas na janela (com vista para lugar nenhum)
esperando a chuva cair, com medo de dormir além da conta na voz do agora...
retrucando o desejo antigo
na liberdade que acorrenta o peito
ao chão da realidade
desenhada para sonhar...
viver é bom e às vezes dói
queria cópias das chaves
queria saber ir e vir
e queria saber ficar
queria o ânimo do amor
as certezas do abraço
a segurança dos olhos que veem