Um dia de cada vez...
Entre um cigarro e outro, me ponho a rever.
Como eu gostaria de saber, de controlar, por uma vez na vida... esquecer
ai de mim que tenho memória, e pra quê?
Aprendizado? gostaria de permanecer na inocência... aprender dói demais.
Vejo as pessoas, antes não vistas, por mim assim continuaria...
Será que ainda daria pé?
Justo pra mim, que nada morre...
Mas vejo que não morreu, tá lá, tentando se esconder, fingindo que não existe... ai toca aquela musica, sinto aquele perfume, vejo aquele filme, e tudo vem a tona... o cabelo, a mão, os olhos caídos...
ai que ódio!!! ai que saudades!!! ai que dor....
quem dera se só dependesse de mim... minha prosa seria mil vezes mais feliz...
Tento de verdade tomar um gole de cada vez do antidoto deste sentimento... afinal mais um dia que não tomarei minha dose de você... e a abstinência é muito dura... maldita droga essa que se faz vicio e que sem, causa dor.. dor na alma, dor que nada cura... que nada ameniza... só mais uma dose...