NENHUM SONHO NEM PLANO; DUAS CERTEZAS



 
                Nenhum sonho nem qualquer plano; duas certezas.

             A primeira certeza: Continuar a viver só, neste sempre pleno silêncio aqui, com minha mãe;

                  A segunda certeza: inventar em mim alguma vontade de me cuidar, de me tratar, para conseguir procurar os tantos médicos necessários que possam restaurar o possível de mim, porque a pior de todas as misérias seria eu chegar a um ponto de ter que depender da caridade da família (...) para poder continuar a viver.

                 O mais? Qualquer a mais, neste presente tempo, não me pertence a mim.