VIDA E ESPERANÇA
O livro bíblico do Eclesiastes, no capítulo 9, versículo 4, diz: “Enquanto alguém está vivo, ainda há esperança, porque é melhor um cão vivo do que um leão morto”.
Hoje, relendo o livro “A Revolução da Esperança”, do sociólogo, filósofo e psicanalista Erich Fromm, eu renovei e fortaleci a minha compreensão sobre o que é e o que não é a esperança. Segundo esse psicanalista, a esperança “não é nem uma espera passiva nem um forçar irreal de circunstâncias que não podem ocorrer”. De acordo com ele, “ter esperança significa estar pronto a todo momento para aquilo que ainda não nasceu e todavia não se desesperar se não ocorrer nascimento algum durante nossa existência. Não faz sentido esperar pelo que já existe ou pelo que não pode ser. Aqueles cuja esperança é fraca decidem pelo conforto ou pela violência; aqueles cuja esperança é forte veem e apreciam todos os sinais da nova vida e estão prontos a todo instante para ajudar no nascimento daquilo que está pronto para nascer”.
Erich Fromm afirma que a esperança é algo essencial no ser humano. Eis o que, no livro supracitado, afirma esse psicanalista: “Se o homem abandonou toda esperança, ele cruzou os umbrais do inferno – quer saiba ou não – e deixou atrás de si toda a sua humanidade”.
Sendo assim, enquanto vivemos, devemos ter esperança, pois esta é essencial para a vida humana. Quem perde a esperança está perdendo a alegria e a vontade de viver. Vida e esperança são, portanto, duas realidades que nunca devem nem podem se separar.