A multidão

A multidão do que sou se perde em unicidade na mesmice da multidão que todos são. Para que viver se nada sou de diferente, se me diluo na inalterabilidade que o sistema me induz. Encontrar eu mesmo é premente, sabendo que o eu único só é possível mediante a beligerância e constante cabo de guerra entre todos que me compõe, uma vez que mesmo o livre arbítrio não passa de uma maquiagem travessa de nosso cérebro, que recebendo as noticias prontas de nosso inconsciente as faz parecer nosso desejo, vontade e capacidade consciente.
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 07/11/2014
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