Dissecando você-sabe-quem

Os conservadores, os tradicionalistas e eu aqui, vulnerável.

Eu aceito! Reproduzirei.

O eu de dentro, o eu de fora e o eu de dentro que escapole.

Desamor, desserviço e desumanidade. Lemas subliminares.

Marcas de uma vida impregnada de privilégios.

(Por fim, o discurso inconsciente que se escuta na consciência dos que sofrem.)

Apoio-me na certeza da tradição. Sustento meu desrespeito pela escolha do outro defendendo uma vida que eu criticarei até o fim. Deixe nascer, deixe viver longe de mim. Imponha o impossível, repreenda com violência as consequências da desigualdade, prive-o de liberdade, não deixe viver, mate-o pelo bem, o bem de não sei quem, mas pelo bem.

Não desteça o que foi tecido há séculos, a injustiça é natural, deixe como está, enquanto eu assisto, dito e critico do sofá.

Não sou desinformado e ainda dizem por aí que eu me informei nos lugares errados. Absurdo.

No meu espelho o outro é um vampiro.

Fui consumido pelo ódio e pela prepotência.

Respeitem a minha intrínseca ausência de empatia, enquanto eu tento atrofiar e ridicularizar a luta pela igualdade.

Larissa Stein
Enviado por Larissa Stein em 06/11/2014
Código do texto: T5025903
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