FRAQUEZA

Mais uma vez ferida e surrupiada pela própria burrice. Ela precisava aprender que se o amor não vem por vontade própria, jamais virá sob pressão. Ela precisava engolir o amor, injetar o amor, amarrar o amor, sentir o amor, costurar o amor, para, enfim, entendê-lo. Entender que se não é recíproco, não é para acontecer. Entender que, as vezes, dois corpos se unem apenas por prazer e que nada deve existir de amor nisso. Mas ela era vítima da sua própria fraqueza. Da sua própria, inescrupulosa e imensurável, solidão. E isso eu sei que doia, mas não era eu.

Poemas de Gaveta
Enviado por Poemas de Gaveta em 05/11/2014
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