Novas cores somadas

Reconheço o brilho do verdadeiro poeta. Unir o universal temático e os minimalismos de sua época às formas recônditas da escansão é um trabalho de Arte. Emoção e razão fluindo entre as sílabas.

Mas, não sou verdadeiro poeta. Não consigo instanciar esta incognoscível propriedade: Ser verdadeiro.

Assim, me limito a profetizar em minha própria paisagem. Uma linguagem quase privada, a colcha de retalhos dos meus horrores e seus vocábulos.

As vezes, dôo tanto sangue ao que escrevo, que quase não consigo levantar pela manhã. Este verme nutre-se de minhas entranhas.

E eis os novos tons do meu universo em descrição: Dor e a Matemática do Indizível, do Incontrolável, do Incontrovertível, a zombar da minha intrépida impotência.