CEGOS E SURDOS POR CONVICÇÃO
Os que não conseguem "enxergar", mesmo "vendo", e os que não conseguem "escutar", mesmo "ouvindo", muitas vezes, ao invés de circunscrever, com prudência, a sua cegueira e a sua surdez, no recinto íntimo da sua ignorância, se lançam a propagar essa ignorância, assumindo o risco de, se conseguirem evoluir, tropeçar futuramente nas suas próprias palavras, registradas imprudente e temerariamente e, o pior, colocadas à disposição do público.
Muitas vezes, contempla-se anões no intelecto e no espírito, alojados na categoria dos que "não sabem e não sabem que não sabem", arvorando-se a criticar, às vezes até desrespeitosamente, sem nenhum embasamento lógico, obras, como por exemplo, de Francis Collins, o gigante do Projeto Genoma Humano, que se converteu de ateísta para cristão e escreveu o livro "A Linguagem de Deus".
Devemos ter consciência da nossa localização na hierarquia do conhecimento, não para nos sentirmos inferiores ou superiores aos nossos semelhantes, mas para sermos humildes no desejo de aprender e generosos e mais humildes ainda, para transferir os conhecimentos para outras pessoas, deixando-as à vontade e livres para assimilar o que puderem e construir as suas próprias convicções.
Essa postura é o ponto de partida para o crescimento racional e sobretudo espiritual, recolhendo com humildade as "sobras" dos que têm mais, ou transferindo com grandeza as "sobras" para os que têm menos. O conhecimento e a sabedoria, são, respectivamente, o "pão da vida" e a "água viva" que Cristo distribuía ao povo, e cujos "cestos" onde se encontravam, nunca se esgotavam. Felizes os que têm fome pelo conhecimento e sede pela sabedoria. Eles serão satisfeitos.