O ódio
Li ontem, um artigo neste Recanto escrito por um paulista, que me deixou estarrecido ao confirmar o quanto o ser humano é perverso e perigoso, apenas porque teve sua vontade contrariada numa eleição ao ver ser candidato derrotado. Na hora, quis fazer um breve comentário a este recantista, mas me contive ao perceber que não valeria a pena. Os valores éticos e morais que tentamos passar a nossos herdeiros, diante de um ato como este, evaporam-se no ar atingidos por tamanha ignorância e falta de educação mesmo, porque, se não me agradou o resultado de algo que esperava ser a meu favor, o bom senso me manda guardar para mim a minha indignação. Até mesmo porque, o único prejudicado com a minha revolta serei eu mesmo.
Cresci e me tornei alfabetizado o bastante para entender quase tudo o que leva uma Nação a ser ou não melhor a cada dia e, no seu seio ou melhor, dentro dela aquelas Associações, indústrias e Estados que a fazem, que a completam. Desde que entendo por gente, que aprendi a raciocinar melhor, a distinguir o bom do ruim e saber o que leva um Estado a condição de ser o mais badalado, o mais rico e produtivo. Tenho notado que quando falamos de São Paulo, são aos nordestinos que este Estado tem a gradecer por ser tão grande e destacado dos demais, agora me vem um paulista dizer que odeia os nordestinos. Será que se ele ao pesquisar bem o seu passado, não descobrirá em algum momento um rastro de sangue nordestino correndo em suas veias? Ao escrevermos qualquer coisa, devemos antes, pensar, ponderar e analisar com muito carinho, para não bebermos do nosso próprio veneno. A Ele, minha recusa em nem ao menos comentar e aos demais que pensam como Ele, elevo uma prece aos céus pedindo que não os dê o retorno. O ódio é como uma gripe mal curada, sempre volta. Até breve, um dia eu volto.