QUE SE RESTAUREM OS RUMOS DE ORIGEM



 
     Só o que consigo dizer, em louvor da utopia com que um dia sonhei: Que se restaurem os rumos de origem. Como as coisas se mostraram e se mostram não consigo me sentir representada, efetivamente, por ninguém... por ninguém, apesar de certos inegáveis avanços. Por ninguém porque foram  e são demasiadas as perdas, também. Demasiadas... Há muito a ser restaurado... Muito, mesmo, principalmente a credibilidade da classe política... Admito, com tristeza e com certa vergonha, que anulei o meu voto. Não creio, urge que  eu o diga, que a volta a oligarquias fosse o melhor dos caminhos. Seja como for, permaneço com excessivas dúvidas cruciais sobre os caminhos de solução para problemas gravíssimos na Educação, na Saúde, na Segurança (...) 
     Presidente Dilma, lembre-se do rosto de origem, não se esqueça do rosto de origem, daqueles começos que se mostraram heroicos, que eram tempos de sonho, os tempos onde ficaram meus sonhos.  Os tempos onde ficou a maior parte dos meus sonhos, os sonhos de quem a vida toda foi oposição. Hoje, é verdade, é outro o mundo, diversas as exigências, e velhos modelos da chamada esquerda já não cabem, bem como o ideário do "velho" liberalismo tem mazelas muito bem conhecidas. Tem que haver uma via realmente nova, visceralmente nova. Uma via a ser criada, sem sectarismos e de efetivo respeito às diferenças. Um respeito de boa cepa, de reais e não de aparentes  fundamentos. Acima de tudo, a busca por uma Educação de efetiva qualidade para todos. Se prosseguir o abastardamento da Educação, não poderá haver qualquer futuro com alguma decência... como decência não há no presente, que a Educação é o grande Fundamento de um país que se pretenda, efetivamente, grande nação.