Blackout
Não se vive o futuro pelas glórias do passado
Não se existe glória quando não se é notado.
Cada um é o que os olhos são capazes de ver no momento em que a luz lhe alcança, tal como o calor de um holofote que só atinge o protagonista
o ato mais longo, o movimento mais intenso,
não necessariamente o mais belo,
não exclusivamente o mais importante,
e principalmente, nunca o essencial,
porque o essencial está nas coxias, na rotina, está no suor, na cara de sono.
Há luzes que se fazem ver até o mais longe onde a vista alcança,
mesmo competindo com raios do sol que pairam no horizonte
Há brilhos que deixam-se perceber na caída da noite,
às vezes nem se vê
só se ouve