A VIDA PLENA ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS: EIS A FÓRMULA

A melhor especialidade que um homem pode desenvolver é a de não sentir dor. E a melhor constatação a que um homem pode chegar é a de que vivemos o tempo todo no presente. Não temos que nos manter recordando e nem esperando nada. Se precisarmos de algo em um dado instante e não pudemos ter: tomemos. Até que isso se torne natural e o homem pense em dar de mão à propriedade privada e ao cotidiano fútil e busque viver socialisticamente. Sem preocupação em juntar patrimonio ou seguir agendas anuais e calendários. Viver assim é constituir vida plena. Passar pela provavelmente única chance de existirmos neste planeta da melhor forma possível.

O que nos impede de gozar essa felicidade é o poder que nos governa com o emprego de força. Quando não são as emoções que nos fragilizam, é a violência que nos machuca. Daí a necessidade de desejar nunca sentir dor. Quem não sente não é escravo de sentimentos. Nem do ódio ou do rancor, nem da melancolia ou do amor que aprisiona e fere. Muito menos do que faz sofrer a lesão causada pela repressão ou pela tortura. Não há tempo para sentimentos que não o de sentir a existência, não há tempo para constituir crença, outro instrumento que nos leva a liberdade e o prazer. E nem faculdade mental para experimentar a dor, já que há desenvolvida a especialidade de não senti-la.

Só com a morte podem parar uma pessoa que é dotada da particularidade de viver sempre o presente, sem expectativas e nem lembranças, e que ainda por cima não sucumbe a dores. Mas, o que a morte representa para quem vive sempre o presente?

É o que mais ameaça o poder daqueles que querem que vivamos a eterna luta para que a sociedade consumista continue a existir. O tipo de sociedade que não equipara as pessoas. As pessoas podem ser equiparadas se elas viverem individualmente sem dor e percebendo que estamos o tempo todo no presente.

Quem vive assim, vive intensamente, nunca procrastina. Sempre aproveita todas as oportunidades que criar. Entende? Que criar.