Para o bem de tudo e de todos.
Todos os pensamentos e as percepções por eles condicionadas são fantasia. Sonhos cor-de-rosa ou pesadelos, contos de fadas ou histórias de terror, são impermanentes e irreais como vagas que se imaginassem distintas do oceano silencioso. Como o arco-íris e as miragens, aparecem mas são insubstanciais como o espaço: nada que se possa apontar e agarrar e que esteja aqui ou ali. É uma tragicomédia que os deixemos ter tanto poder sobre nós, como marionetas movidas pelos fios destes ditadores invisíveis. Libertar a consciência da identificação com os pensamentos é um dos maiores serviços que podemos prestar a nós e à humanidade. Uma consciência livre de dar crédito aos pensamentos não encontra no mundo o que nele não há: bons e maus, amigos e inimigos, coisas agradáveis e desagradáveis. Livre de medo e expectativa, livre de apego, indiferença e aversão, não conhece limites ao amor e à compaixão e age espontaneamente, sem planos nem estratégias, para o bem de tudo e de todos. Sem pensar nisso.