Numa Noite de Frio Ventava...
Frio, cortante como navalha, às ruas estavam semi-vazias, alguns carros ainda trafegavam... E a mente recusava-se a seguir o caminho simplesmente, a pensar ponderadamente... Parecia se transportar, para outro além dali, para qualquer outro lugar...
O pensador dos pensamentos atento observava seu comportamento, noutras vezes já assim esteve; mente deslocada, pensamento concentrado, os olhos vagamente observavam o caminho, pareciam querer encontrar algo mais além do convencional, dele já muito vira, nada de novo ou diferente ocorre, a grama cresce, às flores murcham, às pessoas oxidam, tudo apenas poeira no ar, mutável animado pelo permanente, 21 gramas a mais, parece pouco para tanto, mas suas informações são tão imprecisas como as imagens que desenha com as estrelas ou os "nomes" que utiliza para definir tudo a sua volta, não sabe e não se engana pensando que sabe, mas uma pequena sensação, tal como uma borboleta monarca no olho de um furacão, percebe algo diferente, há algo além desta fina camada, realidade assim chamada, ele pensa consigo mesmo, testemunhando a si mesmo, o pensador dos pensamentos...