Aprender a se perdoar
Por essa nostalgia que se concretiza em pequenas fatias
O amordaçamento de um sentimento sempre isolado,
À falta de movimento em uma vida que se consolida
O emaranhado de uma forma de arte ainda por vir,
Mas nem mais o tempo tem explicado esse pequeno desespero
Entre lapsos que se reúnem a contra gosto nesse universo sombrio
Quando nem mesmo podemos olhar pra cima e sentir o dom,
De uma renovação que se concretizará algum dia mais a frente
Mas nessa repetição dos sentimentos enjaulados em destinos vãos
A inquietude que se assola dentro da alma enquanto nem sabemos,
Ao certo por onde caminhar, nessa meia eternidade de lacunas
A tentativa de um achado que seja mais um tempo de descoberta
Na potência de uma era que nos modifica entre tempos cronológicos
A norma de uma forma de equilíbrio que nos assusta diante o presente
Enquanto nos ponderamos diante uma fortaleza de um dom maior
Nos refugiamos diante mais uma parcela de fragmentos atônitos
Enquanto sentimos por mais um dia a esperança que seja
O determinismo de uma verdade implícita nas entrelinhas
De um marco novo que se distância da dor e do sofrimento,
Quando apenas aprendemos a tentar agradecer o que somos...