Aprender a se perdoar

Por essa nostalgia que se concretiza em pequenas fatias

O amordaçamento de um sentimento sempre isolado,

À falta de movimento em uma vida que se consolida

O emaranhado de uma forma de arte ainda por vir,

Mas nem mais o tempo tem explicado esse pequeno desespero

Entre lapsos que se reúnem a contra gosto nesse universo sombrio

Quando nem mesmo podemos olhar pra cima e sentir o dom,

De uma renovação que se concretizará algum dia mais a frente

Mas nessa repetição dos sentimentos enjaulados em destinos vãos

A inquietude que se assola dentro da alma enquanto nem sabemos,

Ao certo por onde caminhar, nessa meia eternidade de lacunas

A tentativa de um achado que seja mais um tempo de descoberta

Na potência de uma era que nos modifica entre tempos cronológicos

A norma de uma forma de equilíbrio que nos assusta diante o presente

Enquanto nos ponderamos diante uma fortaleza de um dom maior

Nos refugiamos diante mais uma parcela de fragmentos atônitos

Enquanto sentimos por mais um dia a esperança que seja

O determinismo de uma verdade implícita nas entrelinhas

De um marco novo que se distância da dor e do sofrimento,

Quando apenas aprendemos a tentar agradecer o que somos...

Claudio Teruo Ninomiya
Enviado por Claudio Teruo Ninomiya em 12/10/2014
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