A labuta diária
A labuta diária
Chego na Barra Funda, que de funda não tem nada, é só o Terminal.
No metrô, sentido Corinthians-Itaquera, com essa galera não tem guerra, todos esperam. Próxima estação: Se deixar eu choro, mas não: É Marechal Deodoro, e depois de várias estações, finalmente chegamos na Sé, vai com Fé na baldeação, sentido Jabaquara,
Porque pra chegar não tem hora, pois uma voz medonha informa:
“Devido ao acúmulo de usuários, estamos restringindo o acesso no sentido Jabaquara”
E aí depois de tantos amassos, entro em um espaço, que muitas vezes não cabe nenhum braço. Próxima estação : Liberdade, é bem assim mesmo, muitos descem, sinto-me mais livre, e depois...
Estação vai, estação vem, pensamentos vão, pensamentos vem...
Estava dormindo, acorda! Próxima estação: Não é o inferno, é o Paraíso, você tem que descer...
Subo as escadas rolantes lendo “Ismália” de Alphonsus Guimarães, adoro, principalmente aquela parte: “Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar… Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar...
E depois vou trabalhar para o meu dia ganhar!