Nosso amor não é (só) chuva de verão!
O nosso amor é como uma chuva leve de verão, onde o sol continua a brilhar, mesmo que gotas finas e suaves se suicidam ao tocar o asfalto quente de uma rua qualquer.
Falar que tudo em nossas vidas é colorido e tem o cheiro das flores mais lindas e perfumadas de um jardim, seria mentira, aliás, se alguém disser que tudo na vida são flores é porque nunca amou.
No amor tem chuva, tem sol, tem trovão, tem ventania, tem latido, tem choro, pois afinal, o amor é um fenômeno da natureza, nascemos para aprender a amar, pessoas? Não, as diferenças, pois cada ser presente neste planeta, chamado Terra, possui uma coisa que nenhuma outra pessoa possui, sem exceção, possuem uma individualidade ou segundo minhas próprias palavras, a capacidade de possuir chatices, manias e particularidades que, com certeza, não irá encontrar em mais ninguém, mas o contraposto também é verdadeiro e partindo do princípio que todos temos diferenças, isso significa, logicamente, que não somos iguais, muito menos perfeitos, portanto da mesma maneira que possuímos defeitos, também possuímos qualidades.
Imaginem um mundo onde todas as pessoas só possuíssem defeitos? Com certeza ninguém iria se interessar por ninguém e conseqüentemente a humanidade não existiria. Quando nos sentimos atraídos por alguém, significa que alguma coisa que, possivelmente, passamos a vida buscando; e não é exagero; encontramos naquele ser. Porém, depois dessa fase, a expectativa é outra, agora que já vimos e conhecemos as qualidades, vamos esperar para conhecer os defeitos, aí está a parte mais difícil, afinal a atração gera a paixão e a paixão é um bicho tão sem vergonha que nos entorpece e nos deixa cegos, surdos e mudos e cada atitude que fuja dessa magia, acabamos nos sentindo perdidos e desacreditados.
Bem, o jeito é usar o contra-senso, normalmente uma atitude ruim nos faz pensar e refletir se realmente vale a pena investir nessa loucura e o que nos faz desistir é a certeza de que o peso dos defeitos e a impossibilidade de um futuro com essa pessoa é mais evidente que a quantidade e o peso das qualidades que ela possui. Novamente eu digo, o amor é saber lidar com os trovões, com as ventanias, com os latidos e com os choros, entendendo e aceitando que o amor também é a chuva de verão, é o sol que brilha em um lindo dia de domingo, é a paciência (ou pelo menos a consciência de que é preciso tentar tê-la), é saber que as qualidades do outro, também possuem um limite e conhecendo essa linha, podemos evitar que certos defeitos apareçam, mas principalmente saber, que certas coisas nunca sairão de acordo com as nossas previsões, afinal, somos imperfeitos, então quando nos esquecermos dessa linha do limite e isso vai acontecer, o melhor a se fazer é simplesmente deixar claro que isso é amor e que em breve voltaremos a sentir o perfume das flores novamente.