Em 2006 o coração de José Antônio parou.
O órgão já sinalizara uma enorme instabilidade cerca de quinze anos atrás (1991), porém, em 2006, ele fraquejou definitivamente.
Zé era um homem muito especial.
Os sorrisos cativantes, um excelente humor contagiante e a simpatia que irradiava tornavam Zé uma personalidade irresistível.
Três ou quatro vezes nos sentamos no fundo da sua casa e dialogamos. Eu costumava escutar e absorver seus conselhos.
Talvez tenha sido a única pessoa que me ofertou conselhos.
Ele os deu, eu soube bem escutá-los.
Recordei Zé para ressaltar o meu desencanto com os religiosos o qual terminei, talvez de forma equivocada, estendendo para as religiões.
Vou tentar explicar.
Zé Antônio era kardecista.
Se alguém se aproximava dele, rápido sentia uma forte curiosidade relacionada à fé a qual o pequeno homem (Zé era baixinho) professava.
Poderíamos detestar o Kardecismo, seria possível lastimar a doutrina codificada por Kardec, porém, observando Zé, a cisma diminuía e existia o estímulo de conhecer um pouco mais os princípios espíritas.
Zé despertava a seguinte indagação:
O que haveria naquela crença para alguém tão porreta adotá-la?
Infelizmente Zé partiu cedo (morreu com sessenta anos).
Os religiosos que costumo conhecer são muito carrancudos, quase não oferecem um sorriso, sugerem sempre o desejo de não chegar perto.
Eu admito que peco, mas não sinto vontade de conhecer a fé desses religiosos.
Sei que a doutrina nada tem a ver com os seguidores zangados, mas não quero papo com eles e prefiro não participar dos seus grupos.
Preciso respeitar a crença de todos, entretanto ouso afirmar que falta aos religiosos algo o qual sobrava em Zé Antônio.
Eles não expressam alegria, otimismo nem animação.
Tudo isso Zé possuía demais.
Eu arrisco dizer que, entre os anões da Branca de Neve, Zé jamais seria comparado com o Zangado.
Quanto aos religiosos que cruzam os meu caminho, eu não pensaria duas vezes na hora de escolher. O simpático anão o qual nunca sorri os representaria muito bem.
Com vários Zés o mundo seria mais legal e bacana!
E os fígados certamente mais saudáveis.
Um abraço!
O órgão já sinalizara uma enorme instabilidade cerca de quinze anos atrás (1991), porém, em 2006, ele fraquejou definitivamente.
Zé era um homem muito especial.
Os sorrisos cativantes, um excelente humor contagiante e a simpatia que irradiava tornavam Zé uma personalidade irresistível.
Três ou quatro vezes nos sentamos no fundo da sua casa e dialogamos. Eu costumava escutar e absorver seus conselhos.
Talvez tenha sido a única pessoa que me ofertou conselhos.
Ele os deu, eu soube bem escutá-los.
Recordei Zé para ressaltar o meu desencanto com os religiosos o qual terminei, talvez de forma equivocada, estendendo para as religiões.
Vou tentar explicar.
Zé Antônio era kardecista.
Se alguém se aproximava dele, rápido sentia uma forte curiosidade relacionada à fé a qual o pequeno homem (Zé era baixinho) professava.
Poderíamos detestar o Kardecismo, seria possível lastimar a doutrina codificada por Kardec, porém, observando Zé, a cisma diminuía e existia o estímulo de conhecer um pouco mais os princípios espíritas.
Zé despertava a seguinte indagação:
O que haveria naquela crença para alguém tão porreta adotá-la?
Infelizmente Zé partiu cedo (morreu com sessenta anos).
Os religiosos que costumo conhecer são muito carrancudos, quase não oferecem um sorriso, sugerem sempre o desejo de não chegar perto.
Eu admito que peco, mas não sinto vontade de conhecer a fé desses religiosos.
Sei que a doutrina nada tem a ver com os seguidores zangados, mas não quero papo com eles e prefiro não participar dos seus grupos.
Preciso respeitar a crença de todos, entretanto ouso afirmar que falta aos religiosos algo o qual sobrava em Zé Antônio.
Eles não expressam alegria, otimismo nem animação.
Tudo isso Zé possuía demais.
Eu arrisco dizer que, entre os anões da Branca de Neve, Zé jamais seria comparado com o Zangado.
Quanto aos religiosos que cruzam os meu caminho, eu não pensaria duas vezes na hora de escolher. O simpático anão o qual nunca sorri os representaria muito bem.
Com vários Zés o mundo seria mais legal e bacana!
E os fígados certamente mais saudáveis.
Um abraço!