Neorose de guerra.
Neorose de guerra
autor: Dilson Ribeiro
Nesse silêncio eu ouço o murmúrio gemido do vento que tráz pra mim o retrato amargo e sangrento do tempo.
Esse silêncio que faz meu égo ir até o passado, é como se fora um teclado, acendendo essa chama dentro do meu ser. É como uma voz de comando, um chamado, um asceno e o infortúneo dos bravos que estiveram lá sem querer.
Quantas noites passei sem dormir pra não ter pesadelos... quantas vezes perambulei por aí em delírio atirando e gritando em altos apêlos, eu não quero matar, eu não quero morrer...
Se assim tem que ser, resta então escrever este triste poema, transformar em canção com intensão de protesto a um mundo de paz.
Escreverei mais, muito mais, livros e livros, pra que essa neorose agarrada comigo encontre a bonança nas almas perversas, pra que uma das tantas palavras impressas fique esquecida da mente da massa, pra que o tempo sepulte para sempre o holocausto que mata.