Essa sou eu...!?

Sou os retalhos do tempo

Por sob os pés que caminham

E se equilibram nos saltos

Prefiro-os, as tais cordas bambas

Gosto do charme peculiar que eles tem/dão

E do realce nas panturrilhas, é claro!

Assim, vou testando os meus equilíbrios

Pelas esburacadas ruas da cidade

Nos desequilíbrios que a vida me dá

As pedrinhas no sapato

No ato e desato

No sofrer, no amar

Sou loba

No morrer e no renascer

Sou verbo!

Ação e reação!

Sou contexto e contesto

Calo-me quando o calo aperta

Mas o pensamento não se cala

E protesta!

[Comigo mesma]

Não sou passional, nem visceral

Mas defendo a minha cria

Sou leoa!

Às vezes nem sei quem sou

Se estou.

Mentira! Sou verginiana! Sei sim! Sempre sei

Meus pés estão sempre no chão!

Ah, poxa!

São só dez ou quinze centímetros acima!

Acho, que não dão muita alteração não? Será? Não! Será?

Será, que são nestas horas, que a emoção encontra as brechas e me toma?

Que ela, assalta, a minha razão?

Nossa! Sabe que... hummm... vou fingir que nem me apercebi.[risos]

Mas também caminho descalça, sentindo a energia da terra, da areia da praia.

Reencontro-me sempre com Gaia

Aprendi com o tempo...

Dissimulando comigo mesma, no intuito de relaxar o peso que vou depositando sob meus ombros e com simplicidade sigo.