Aquela

E assim ela dava seus pulos e saltos como bailarina. Pulava bancos, pulava vidas. Andava pelas calçadas duras, leve como uma pluma flutuante. Estava a par de si mesmo, zigue-zagueava as filas de banco, mergulhava nas burocracias diarias, bailava com o transito e flertava com o estresse. Dançava ao som do ritmo da vida, ditando o tempo de seus passos. E a vida, aquela vil criatura que muitos temem, podia apenas olhar tamanho poder, embasbacada.

Adriano Santos de Sousa
Enviado por Adriano Santos de Sousa em 04/10/2014
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