Não foram poucas as vezes que presenciei e estive ...
Não foram poucas as vezes que presenciei e estive em minhas próprias “DRs” discuções de relações e embora algumas delas eu tenha presenciado ainda em minha tenra idade já percebia que se tratava de uma via de mão única para nós homens e confesso que no meio de minhas próprias DRs não percebia muitas coisas por conta de minha imaturidade natural, insegurança ,passaram-se alguns anos (diga-se quase todos) e a minha opinião não sofreu alteração alguma em relação ao meu ponto de vista e mesmo considerando-me um pouco mais culto e vivido ainda não consigo entender como nós homens temos a facilidade de ouvirmos somente aquilo que nos diz respeito, as nossas verdades e como temos a capacidade de nos passarmos por vítimas e alguns vão mais longe ainda quando vencidos em todos os seus insignificantes argumentos partem para a violência física (mas esse no momento não é o caso) o que considero relevante aqui é a perspectiva em relação a condição da mulher dentro da relação que até então fica minimizada por uma aparente fragilidade condicional passiva ou ativa, nestes dois casos existem complicadores mais relacionados aos seus sentimentos, emoções que acabam fazendo com que a mulher se torne vitima de si mesma por conta de sua natureza ou por sua cultura histórica no que tange ao seu apego moral e ético e na relação que a mulher tem com os sentimentos em sua forma não delapidada, isto é, quando uma mulher ama , ela realmente ama e neste “amar” está um conjunto de situações e decisões que permeiam o continuísmo do sentimento independente da mudança da matéria , muito diferente do homem que nem pensa duas vezes em trocar a sua amada por uma menininha com uns “peitinhos mais durinhos”ou sem celulite ou estria (oriunda algumas vezes do bebezinho que ele tanto queria). Mas a de se entender a complexibilidade da simplicidade que tem uma mulher diante a inexorável certeza do homem apedeuta de que a mulher não possa ser compreendida e, portanto nem se quer tentam. E seguindo a mesma linha de princípios e valores enganam-se novamente os homens que imaginarem que dando a sua “amada” toda uma estrutura material, riqueza,conforto terá dela submissão total , o bom da mulher é que ela pode sim ter a sua matéria , o seu corpo aprisionado por anos , mas jamais terá a sua alma acorrentada. A mulher é tão mulher e tão fortemente idílica que ela prioriza todos os sentimentos e seus amores (neste caso em particular os filhos) ao ponto de ver a sua juventude ir embora, a sua beleza ir embora, algumas vezes a sua dignidade ir embora, mas jamais o seu "ser mulher" .