DEVANEIOS
Quem, cuja Alma não seja nobre, entende os devaneios do próprio ser?
Nas estradas ou trilhas; penhascos e abismos do ser, só se faz valer a pena continuar a jornada se tiverem uma meta a seguir. Da nobreza da Alma surge a capacidade do entendimento das excentricidades de um ser insano ou das insanidades de um ser excêntrico."Penso, logo existo". Sim existo! Em um Mundo adverso, perdido em meus próprios devaneios à mercê de devoradores de espírito, sugadores da essência da vida, parasitas da Alma. Sim existo! Em um abstrato universo em que a futilidade domina os fracos e promessas já não mais fazem sentido.
Despido de falsos pudores, falsas moralidades, ainda sim, considero-me preso a imposições de uma sociedade libertina, porém ainda hipócrita a qual não posso expressar-me de forma convencional por medo de ser julgado e da forma como serei julgado. Medo sim de não ser aceito do jeito que sou. Mas se essa hipocrisia é tão real, porquê ter medo de "ser aceito". Não quero fazer parte desse meio de futilidades e hipocrisia. Quero sim continuar no âmago de um plano alternativo cujo poucas e nobres Almas compartilham o mesmo entendimento.