O PASSEIO DO CÃOZINHO

Tenho reparado, andando pelas ruas da cidade, pessoas levando os seus cãezinhos para fazerem o tradicional passeiozinho diário deles e tenho visto, em muitas vezes, a falta de amor como é feito estes pequenos passeios, tão importante para aquele animalzinho.

Vejo muitas vezes as pessoas puxando-os sem darem tempo deles darem uma cheiradinha em alguma arvore, ou de inspecionarem algum pequeno canteiro de grama, ou de darem alguma conferida em algum pneu de algum carro estacionado, ou fazendo as suas instintivas demarcações de território, como se ainda fossem seres viventes na natureza, mas que insistem.

Me corta o coração ver o bichinho quase ser arrastado e ver que o ser humano só vê este passeio como uma obrigação enfadonha, mas que é tão esperada por ele, e que poderia ser um momento tão mais feliz para ambos. 

Muitos esquecem que ele fica o dia inteiro esperando por este momento, que este seu passeio na rua é como se fosse a novela das nove para ele, e colocam este passeio na velocidade cruzeiro sem nenhuma parada, sem deixar, pelo menos neste momento, ele ter o domínio das ações, o seu momento só dele, o seu momento de receber o amor que ele tanto dá dentro do apartamento.

Noto que até para isso o ser humano não tem mais paciência e não sabe o quanto perde com isso, pois só recebemos amor quando damos amor, e este momento seria uma grande oportunidade para isso.

Aquele animalzinho poderia ser uma grande terapia para muitos nessas horas, e uma grande fonte de retribuição do quanto recebemos dele, mas não, muitos só consideram este passeios como mera obrigação e vão para casa correndo tomar o seu Rivotril.

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"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass –
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