Nossa distância...

...Me pego ouvindo sua música, um misto de saudade platônica e surrealismo, fico atônita diante de tanto sentimento. A música entra nos meus ouvidos e penetra minha alma. Teu mistério... Ou meu mistério... Ou seria ainda nosso mistério? Na imensidão do universo viajo em seus versos, consigo chegar ao topo do êxtase, ao mesmo tempo turbilhões de sentimentos de covardia me invade por completo, medo do desconhecido, a menina que mora em minha alma chora, tem pesadelos constantes e pensa no que os pais vão achar se tomar uma decisão que seja novamente errada para sua vida. O sonho de todos os pais é ver os filhos bem acompanhados, estruturados, com família, felizes e lutando sempre por algo concreto. Não! Eu não poderia errar novamente...

Já se passaram dias sem tua presença, sem tua voz ao pé do ouvido, como preencher as lacunas? Vários questionamentos passam em minha mente... O que você estaria fazendo agora? O que pensa da minha covardia nesse momento? Quais seus planos para o futuro? Quem estaria falando contigo no meu lugar? O que não contou de tudo que contou? Quantas respostas sem perguntas e perguntas sem respostas...

Vejo sua fotografia e uma lágrima cai em meu rosto, peço a Deus para me tirar esse sentimento, o mesmo sentimento que tanto pedi a Ele para ter e receber um dia... Quanta ingratidão... Sonhos destruídos pela opinião infiltrada de uma sociedade preconceituosa e cruel, a mesma que me criou e me ensinou a repudiar atos ilícitos e banir dos meus dias, toda e qualquer reação, por esse mesmo motivo.

E agora? O que me resta? Onde terei o auxílio? Desejo ardentemente que esteja bem. No meu estado normal te amarei sempre... A verdade é que tudo passa, mas hoje me dói e a dor é forte demais, me rasga por dentro e me deixa em estado zumbi... Como a situação inicial dessa história se faz...

Jo Trindade
Enviado por Jo Trindade em 24/09/2014
Reeditado em 22/10/2014
Código do texto: T4974783
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